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9/5/2020
Por: Professor Pina

Principais períodos da história da filosofia

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Informações com base no capítulo 5 do livro didático Iniciação à Filosofia de Mareliena Chauí.

Costuma-se classificar os períodos filosóficos da seguinte maneira: filosofia antiga, patrística, medieval, do renascimento, filosofia moderna, do iluminismo e filosofia contemporânea ou pós-moderna.

O assunto sobre filosofia antiga, que corresponde ao estudo da filosofia grega, é trabalhado no capítulo 4 do livro didático mencionado e pode seu resumo ser acessado clicando aqui.

Ouça o conteúdo:

Filsofia patrística: corresponde a um período que se estende do século I ao século VII d.C. É marcado pela criação das ideias cristãs. Os pensadores da Igreja nascente, conhecidos como padres da Igreja, estão preocupados em delimitar os conteúdos de fé. E para isso usarão de teorias filosóficas e religiosas desenvolvidas até então, como o platonismo e neoplatonismo, o aristotelismo, ideias da Torá, livro sagrado dos judeus, bem como conteúdo de outros povos, adaptando-os às ideias cristãs. A intenção era dar compreensão racional à proposta cristã para que os pagãos aceitassem a fé. Dentre os pensadores dessa época destacam-se os Apóstolos Paulo e João, e os nomes de Justino, Tertuliano, Orígenes, Clemente, Eusébio, Santo Agostinho, sendo este um dos mais importantes, São João Crisóstomo, Santo Ambrózio, São Gregório Nazianzo e Boécio.

Filosofia medieval: do século VIII ao século XIV. Nesse período, tem-se uma consolidação do cristianismo, seja em relação a sua doutrina, seja como uma instituição dotada de imensos poderes devido à "conversão" do Império Romano ao cristianismo, adotando à Igreja Católica como a instituição oficial religiosa. É o período do teocentrismo, onde tudo está voltado para questões divinas: a alma é mais importante que o corpo, a fé é mais importante que a razão, a teologia está acima da filosofia, a moral religiosa norteia todas as condutas, inclusive sociais e particulares. Nesse processo de delimitação das verdades cristãs, a Igreja passou a ocultar e a destruir obras de conteúdo divergênte daqueles propagados pela instituição, somado a essas obras muitas daquelas oriundas da filosofia greco-romana. A verdade da salvação é absolutizada e, por isso, àqueles que a negam são perseguidos e punidos. A Igreja desenvolve duas instituições que marcarão a Idade Média como o período do exagero e do dogmatismo cego: 1) um setor que analisava as obras intelectuais produzidas se estavam ou não de acordo com o princípio de autoridade, pois verdade era apenas aquilo que a Igreja determinava como sendo verdade. Se uma ou outra obra não fosse classificada como verdadeira ela compunha o Index, uma lista de obras proibidas, por estar em desacordo com as verdades cristãs. 2) Outra instituição atrelada a esta é o Santo Ofício ou Inquisição. Essa instituição era responsável por guardar a fé e as verdades cristãs perseguindo e punindo todos aqueles que eram contrários em pensamentos, teorias e atitudes. E qual era a garantia que o cristianismo tinha para afirmar com convicção suas verdades? Era a garantia do Espírito Santo. Os intelectuais cristãos eram iluminados por Deus e, por isso, o que a Igreja determinava como verdade tornava-se dogma, ou seja, inquestionável. Porém, uma coisa é dogmatizar verdades de fé, como a Santíssima Trindade, por exemplo, outra é absolutizar verdades científicas, aquelas verdades que podem ser comprovadas, como é o caso do modelo de universo, que o cristianismo adota de Aristóteles e Pitolomeu, o modelo geocêntrico, que mais tarde será questionado, ou a ideia de criação do homem e do mundo, que tal como a Igreja afirmava não se comprovou. Esses exageros cristão levarão o cristianismo, no nível intelectual, a decadência, pois muitos pensadores estarão questionando e propondo um retorno ao modelo de homem desenvolvido na Grécia Antiga, chegamos ao período do Renascimento.

Filosofia do renascimento: séculos XIV e XV. O termo renascimento significa nascer de novo. A ideia é retornar ao ideal grego de homem livre e racional. Por isso, esse período é chamado de humanismo e caracterizado pelo termo antropocentrismo, pois as preocupações se voltam para o ser humano que passa a ter destaque como sujeito dotado de dignidade, de liberdade e de capacidade racional, como os gregos propunham na antiguidade. Todo esse movimento se deu devido a esse descontentamento com as posições da doutrina cristã, mas também devido a novos contatos com textos da filosofia grega a partir do encontro da cultura europeia com os árabes que, anteriormente, haviam copiado obras dos gregos, especialmente as de Aristóteles, com isso houve um despertar para questões trabalhadas na antiguidade e o porquê de seus esquecimentos por parte da Igreja. Ao mesmo tempo que os pensadores questionam as ideias teocêntricas do cristianismo católico, fazem críticas também a posicionamentos científicos como o modelo de universo. Copérnico é um dos primeiros a negar que a terra esteja no centro do universo e afirma que em seu lugar está o sol, ou seja, a visão deixa de ser geocêntrica e passa a ser heliocêntrica causando grande alvoroço na intelectualidade cristã.

Filosofia moderna: do século XVII a meados do século XVIII. a grande discussão filosófica desse período gira em torno da possibilidade do conhecimento verdadeiro pelo sujeito do conhecimento. O rompimento com o período medieval, onde a garantia da verdade era atestada pelo Espírito Santo, provoca um certo ceticismo nos pensadores que agora precisam responder se é possível ou não ao homem obter a verdade por si mesmo. E a resposta, apesar das divergências, será sim. Mas de onde virá a garantia da verdade sem o amparo do Espírito Santo? Virá da razão que, mediante métodos rigorosos de investigação, pautado na matemática, chegará à conhecimentos sólidos e verdadeiros. A partir dessas ideias, tem o surgimento da ciência moderna ou clássica, cuja característica está na comprovação rigorosa e prática de suas conclusões. Destacam-se nesse período nomes como René Descartes, Francis Bacon, Galileu Galilei e Isaac Newton. (veja mais)

Filosofia do Iluminismo: meados do século XVIII ao início do século XIX. Os iluministas vêem na ciência a grande chave para o conhecimento que transforma a humanidade trazendo progresso e evolução a partir da civilização. A ciência pautada na razão, o novo Espírito, necessariamente levará a humanidade a um futuro cada vez melhor. Todos os setores da sociedade precisarão se apoderar dos conhecimentos científicos para que esse progresso ocorra. A educação escolar ocupa um papel central nesse processo, pois é preciso promover a educação com foco nos conhecimentos científicos, fruto da racionalidade.

A filosofia contemporânea é estudada no capítulo 6 do livro didático mencionado e, portanto, um resumo sobre seu conteúdo será elaborado separadamente também.

 

 

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