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25/5/2020
Por: Professor Fernando Pina

Os Sete Sábios da Grécia Antiga: pensamento além da especulação

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Apresentamos a seguir os Sete Sábios da Grécia Antiga. Esta lista inclui vários homens, particularmente os Sete Sábios, que parecem ter sido políticos práticos e fontes de sabedoria epigramática, em vez de pensadores ou filósofos especulativos no sentido moderno. Fazem parte do período Pré-Socrático da Filosofia Antiga.

Sólon (c. 594 a. C.)
Quílon de Esparta (c. 560 a. C.)
Tales (c. 585 a. C.)
Bias de Priene (c. 570 a. C.)
Cleóbulo de Rodes (c. 600 a. C.)
Pítaco de Mitilene (c. 600 a. C.)
Periandro (625–585 a. C.)

Sólon (Atenas, 638 a.C. – 558 a.C.) foi um estadista, legislador e poeta grego antigo. Foi considerado pelos gregos como um dos sete sábios da Grécia antiga e, como poeta, compôs elegias morais-filosóficas. Em 594 a.C., iniciou uma reforma das estruturas social, política e econômica da pólis ateniense. Aristocrata de nascimento e membro de uma nobre e bela família arruinada em meio ao contexto de valorização dos bens móveis na pólis ateniense, Sólon se reconstituiu economicamente através da atividade comercial, passando depois a dedicar-se inteiramente à política. Fez reformas abrangentes, sem conceder aos grupos revolucionários e sem manter os privilégios dos eupátridas. Criou a Eclésia (Assembleia popular), da qual participavam todos os homens livres atenienses, filhos de pai e mãe atenienses e maiores de 30 anos. Por ocasião da entrada de Pisístrato na cena política ateniense, Sólon se retirou em exílio voluntário.

As máximas de Sólon de Atenas:

  • Aconselha o que for justo, não o que aches agradável
  • Evita a mentira, confessando a verdade
  • Evita o prazer, se ele for causa de remorso
  • Guia-te pela razão
  • Honra pai e mãe
  • Mede as tuas palavras pelo silêncio e o silêncio pelas circunstâncias
  • Nada em excesso
  • Nunca digas tudo o que sabes
  • Procura ser honesto, porque a honestidade é melhor do que uma palavra honrada
  • Respeita os amigos
  • Quando souberes obedecer, saberás chefiar
  • Se exiges a honestidade dos outros, começa por ser honesto
  • Toma a peito as coisas importantes

 

Quílon de Lacedemonia era filho de Damágeto, e viveu em direção ao início do século VI a.C. Heródoto fala dele como contemporário de Hipócrates, o pai de Pisístrato, e Diógenes Laércio declara que ele era um homem velho na 52ª Olimpíada (572 a.C.), quando estava no apogeu o fabulista Esopo, e que ele foi eleito éforo em Esparta na 56ª Olimpíada (556/5 a.C.). Alcidamas declarou que ele era um membro da assembléia espartana. Diógenes Laércio vai mesmo tão longe como clamar que Quilão foi também a primeira pessoa que introduziu o costume de unir-se os éforos aos reis como seus conselheiros. Diógenes informa que ele morreu devido ao excesso de alegria quando seu filho ganhou o prêmio de boxe nos Jogos olímpicos somado à fraqueza decorrente de sua idade avançada, e que seu funeral foi atendido por todos os gregos reunidos em assembléia no festival.

Diz-se que Quílon ajudou a sobrepujar a tirania em Sicião, que tornou-se um aliado espartano. Ele também é creditado com a mudança em política espartana levando ao desenvolvimento da Liga Peloponésia no século VI a.C.

Máximas de Quílon de Lacedemonia:

  • Conhece-te a ti mesmo
  • Nada em excesso
  • Foge dos intriguistas
  • Não desejes o impossível
  • Não maldigas dos outros, para não ouvires críticas desagradáveis
  • Põe a razão antes da língua
  • Quando beberes, fala pouco para não cometeres indiscrições
  • Respeita os velhos

Atribui-se a Tales de Mileto a afirmação de que "todas as coisas estão cheias de deuses", o que talvez pode ser associado à ideia de que o imã tem vida, porque move o ferro. Essa afirmação representa não um retorno a concepções míticas, mas simplesmente a ideia de que o universo é dotado de animação, de que a matéria é viva (hilozoísmo). Além disso, elaborou uma teoria para explicar as inundações no Nilo, e atribui-se a Tales a solução de diversos problemas geométricos (exemplo: teorema de Tales). Tales viajou por várias regiões, inclusive o Egito, onde, segundo consta, calculou a altura de uma pirâmide a partir da proporção entre sua própria altura e o comprimento de sua sombra. Esse cálculo exprime o que, na geometria, até hoje se conhece como teorema de Tales.

Tales foi um dos filósofos que acreditava que as coisas têm por trás de si um princípio físico, material, chamado arché. Para Tales, o arché seria a água. Tales observou que o calor necessita de água, que o morto resseca, que a natureza é úmida, que os germens são úmidos, que os alimentos contêm seiva, e concluiu que o princípio de tudo era a água. Com essa afirmação deduz-se que a existência singular não possui autonomia alguma, apenas algo acidental, uma modificação. A existência singular é passageira, modifica-se. A água é um momento no todo em geral, um elemento.

Principais fragmentos:

  • “...a Água é o princípio de todas as coisas...”.
  • “... todas as coisas estão cheias de deuses...”.
  • “... a pedra magnética possui um poder porque move o ferro..."

Tales é apontado como um dos sete sábios da Grécia Antiga. Além disso, foi o fundador da Escola Jônica. Considerava a água como sendo a origem de todas as coisas, e seus seguidores, embora discordassem quanto à “substância primordial” (que constituía a essência do universo), concordavam com ele no que dizia a respeito da existência de um “princípio único" para essa natureza primordial.Entre os principais discípulos de Tales de Mileto merecem destaque: Anaxímenes que dizia ser o "ar" a substância primária; e Anaximandro, para quem os mundos eram infinitos em sua perpétua inter-relação.

As máximas de Tales de Mileto:

  • Conhece-te a ti mesmo.
  • A certeza é precursora da ruína.
  • A ignorância é incômoda.
  • Espera receber de teus filhos, quando fores velho, o mesmo tratamento que dispensaste a teus pais.
  • Evita as palavras que possam ferir os amigos.
  • Evita enriquecer por vias desonestas.
  • Evita os adornos exteriores e procura os interiores.
  • Perto ou longe, importa lembrar os amigos.
  • Quem promete, falta.
  • Se és chefe, começa por saber dominar-te.

Bias (ou Briasde Priene, filósofo do século VI a.C. é um dos sete sábios da Grécia e, em opinião de muitos, um dos mais destacados. Seus concidadãos o consultavam com frequência acerca de assuntos litigiosos e sempre se negou a empregar o seu talento em proveito da injustiça. Dizia preferir julgar entre inimigos que entre amigos, porque no primeiro caso estava seguro de ganhar, enquanto no segundo perderia.

Um dos exemplos de sua bondade é a lenda que estabelece que pagou um resgate por algumas mulheres que haviam sido capturadas. Depois de educá-las como suas próprias filhas, enviou-as de regresso a Messina, sua pátria.

As máximas de Bias de Priene:

  • A maioria dos homens é perversa
  • Adolescente, sê activo; velho, sê sábio
  • Aprende a saber ouvir
  • Fala sempre com propósito
  • Não sejas nem mau, nem tolo
  • O cargo revela o homem
  • Persuade pelo bem, e nunca pela força
  • Reflete nos teus atos.
  • Sê cuidadoso na realização de um projeto e, uma vez iniciado, prossegue sem desfalecimento.
  • Vê-te num espelho.

Cleóbulo de Lindos (século VI a.C.) foi um dos Sete Sábios da Grécia, escreveu muitos enigmas em verso. Sua filha Eumetis ou Cleobulina também alcançou alguma notoriedade como autora de charadas em hexâmetros.

Cleóbulo, filho de Evágoras (ou Evágoro), era um cidadão de Lindos, em Rhodes. Clemente de Alexandria chama-o "rei dos líndios", e Plutarco fala dele como "o tirano". A carta citada por Diógenes Laércio, na qual Cleóbulo convida Sólon a ir para Lindos como um lugar de refúgio do tirano Pisístrato em Atenas, é sem dúvida uma falsificação posterior.

Também Cleóbulo disse ter estudado "filosofia" no Egito. Ele tinha uma filha chamada Cleobulina, que costumava compor enigmas em hexâmetro ver, que se dizia ser de não menos significância do que ele próprio. É dito, também, que ele viveu com a idade de setenta anos, e ter sido muito distinguido pelo seu vigor. Existe uma tumba de Cleóbulo em Lindos.

As máximas de Cleóbulo de Lindos:

  • A moderação é coisa ótima
  • A sabedoria é preferível à ignorância
  • Aconselha retamente os teus concidadãos
  • Casa com uma mulher da tua condição; se casares com uma rica, em vez de sogros arranjarás patrões
  • Considera inimigo público quem odiar o povo
  • Cuidado com a língua
  • Evita a violência
  • Evita acariciar a tua esposa em público; quem a desfruta em público procede mal, mas quem a acaricia, desperta paixões fúteis

Pítaco (640 a.C. - 568 a.C.) foi um estadista e legislador da Grécia Antiga, um dos Sete Sábios da Grécia. Filho de Hirrádio, era natural de Mitilene, e foi o general (estratego) daquela cidade que liderou seu exército à vitória na batalha contra os atenienses e seu comandante, Frínon. Como consequência desta vitória, os mitilenos dedicaram a Pítaco as mais altas glórias, e lhe concederam o poder supremo. Após dez anos de reinado se afastou voluntariamente do cargo.

As máximas de Pítaco de Mitilene:

  • A ambição é insaciável
  • Ama a educação, a temperança, a prudência, a verdade, a fidelidade, a experiência, a gentileza, a companhia dos outros, a exatidão, os cuidados domésticos, a arte e a piedade.
  • Dá-te ao respeito
  • Não faças o que não gostares que te façam
  • Não reveles projetos para, se falhares, não seres motivo de troça
  • Sabe aproveitar a oportunidade 
  • Sábio é quem sabe discernir o futuro; o passado é passado, mas o porvir é incerto.

Periandro (faleceu em 583 a.C.) foi o segundo tirano de Corinto; filho do primeiro tirano, Cípselo

Ele casou com Melissa, filha de Procles, tirano de Epidauro.

Um dos ditados dos gregos no século II d.C. é que havia sete homens sábios na Grécia, e Periandro era listado como um deles.

Segundo a obra Suda, Aristeas foi o autor de "Arimaspea", em 3 livros, que narravam uma viagem entre os Issedos (povo da Cítia) e também:

  • as histórias contadas pelos Isssedos sobre seus vizinhos, os Arismaspos de um só olho;
  • as histórias contadas pelos Arismaspos sobre seus vizinhos, os Grifos, guardiões de ouro;
  • as histórias contadas pelos Grifos acerca de seus vizinhos, os Hiperbóreos.

A viagem teria durado 6 anos, durante os quais Aristeas foi tido como morto pelo povo de Proconeso (de onde ele sumiu sem deixar rastros). Heródoto conta que, ao cabo dos 6 anos, ele retornou a Proconeso, porém desapareceu, outra vez, pouco tempo depois de haver regressado.

Amáxima de Periandro:

  • Tudo deve ser estudado com cuidado

 

Fonte: Wikipédia

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