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9/5/2020
Por: Professor Pina

O pensamento na modernidade - a ênfase no sujeito do conhecimento

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Resumo do capítulo 10, Filosofia moderna e crise da metafísica, do livro didático "Filosofando: introdução à filosofia",  ano 2016, de Aranha e Martins.

Chamamos de modernidade o período entre o Renascimento, final do século XIV, até a Ilustração ou Iluminismo, século XVIII.

A chave para se entender o pensamento no período moderno é a constatação de uma razão que busca se libertar de crenças e superstições, fundando-se na própria subjetividade e não mais na autoridade, seja ela política ou religiosa.

O século XVII é marcado por grandes transformações no pensamento. Uma delas foi o impacto da revolução científica de Galileu (1564-1642). Porém, nesse resumo, vamos tratar dos problemas do conhecimento, especialmente na dicotomia entre racionalismo, com René Descartes e Baruch Espinosa (1632-1677); e do empirismo, com Francis Bacon (1561-1626), Johon Locke (1632-1704), Hume e Berkeley (1685-1753). A pergunta que se faz é se é possível o conhecimento verdadeiro a partir do sujeito.

O racionalismo enfatiza o poder da razão em conhecer. Descartes, seu principal representante, estabeleceu o método da dúvida metódica (método que estabelece quatro regras para o raciocício: da evidência; da análise; da ordem e da enumeração), com o qual chegou a intuição primeira, que é uma verdade inquestionável, a do cógito ou do ser pensante, cógito ergo sum (penso, logo, existo), propiciando assim a criação de uma nova metafísica, diferente da tradicional, pois a chave da existência está agora no sujeito. Para os empiristas, os sentidos oferecem o material sobre o qual a razão elabora os conceitos. Francis Bacon destacou a importância da indução e exaltou a crença nos benefícios do progresso que seria instaurado pela ciência, o ideal baconiano, ou seja, o destaque na importância do método experimental para o desenvolvimento da ciência. John Locke, crítico das ideias inatas de Descartes, pois afirmava que o sujeito nasce como uma tabula rasa ou como uma folha de papel em branco que será preenchido através das experiências vividas, valorizou, portanto, as experiências através dos sentidos. David Hume criticou o princípio da causalidade, ao reduzi-lo a uma crença provocada pelo hábito, levando seu empirismo ao ceticismo, ou seja, a descrença na possibilidade do conhecimento verdadeiro.

No século XVIII, ocorreu a Revolução Francesa, e pensadores relevantes exaltaram as "luzes" da razão, ou seja, há uma convicção na capacidade do sujeito em, através do conhecimento, especialmente da ciência e da verdade filosófica, encontrar soluções para seus problemas e firmar no progresso histórico das sociedades. É destacada a importância de Immanuel Kant, que recusou o ceticismo de Hume na tentativa de superar o impasse entre racionalismo e empirismo. Começou pela crítica da razão, examinando suas possibilidades e seus limites,chegando a conclusão de que o conhecimento se realiza por meio das formas a priori da sensibilidade e do entendimento, as quais se adaptam os dados a posteriori, recebidos pela experiência. No entanto, as conclusões de Kant revelam a impossibilidade do conhecimento objetivo, pois a verdade se estabelece através da estrutura racional e da sensibilidade presente em cada sujeito. Ao examinar as ideias de Deus, da alma e do mundo, deparou-se com os limites inerentes à razão, ou seja, as antinomias que nos impedem de conhecer as ideias metafísicas, ou as coisas em si, com isso, é atribuído, a partir de Kant, o fim da metafísica tradicional. A filosofia de Kant redunda em idealismo, pois, apesar de reconhecer a importância da experiência sensível como fornecedora da matéria do conhecimento, é o espírito, isto é, a razão, através de sua estrutura, que molda o conhecimento universal (verdadeiro e válido para todos).

Hegel (1770-1831) prosseguiu com o idealismo, enquanto sua concepção da lógica dialética representou uma nova interpretação da razão e de sua historicidade. Comte (1798-1857), com o positivismo, desenvolveu uma concepção materialista, baseando-se na concepção dos três estados (o teológico ou religioso; o filosófico ou metafísico e o científico ou positivo) que culminam no estado positivo, o único capaz de servir ao espírito do seu cientificismo. O marxismo teorizou sobre o materialismo histórico e dialético e denunciou a ideologia, que mascara os conflitos sociais e dificulta a atuação política revolucionária.

Esse último parágrafo, faz a ponte para a Filosofia contemporânea, tema para outra postagem.

 

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